terça-feira, 5 de agosto de 2008

Da série: Histórias Rubro Negras no trabalho.

Hoje como usualmente faço de segunda a sábado, todas as manhas, encaminhei-me para o trabalho a fim de defender meu não tão rico porem suado dinheirinho diário, no decorrer do dia com o movimento muito fraco, estava com algum tempo para dar uma rápida olhada nas notícias na televisão e com algum tempo para prosear com alguns clientes da casa, um deles era um senhor bem idoso que pelos meus cálculos devia estar facilmente com mais de 80 anos, que me viu comentando com outro fregues alguma coisa sobre o mais querido, e desandou a falar sobre os problemas do time.

Começou a falar pela falta de pulso dos que estão a frente do mais querido, até usando tal argumento para me abordar e começar a papear( ou monologar ) sobre o Rubro Negro, antes é claro de confirmar e fazer confirmar-se parte da maior torcida do mundo, após me contar um pouco sobre tal fato, desandou a falar sobre seus tempos de jogador, que realmente exercia-se a profissão não visando os salários altos e os carros importados, mas sim unicamente a vontade de vencer e aliado a isso uma paixão maior ao clube que representavam, alegou que foi jogador do vasco na decada de 1940( após ter sido rejeitado por Flamengo e Botafogo ), e que só parou de jogar por ter brigado com um "juiz ladrão" numa partida em 1943, e acabar eventualmente sendo suspenso pela antiga federação de futebol do Rio de Janeiro, alegou ainda também que os dirigentes cruz-maltinos, de maneira muito mal carater desejavam que o jogador trocasse de nome para que pudesse continuar atuando pelos vices, mas ele por questões obvias recusou-se e acabou eventualmente largando o futebol profissional.

Em outro ponto da conversa o alvo foi o meia Toró, o senhor que tem uma filha residente em algum bairro do subúrbio carioca que não consigo me lembrar ao certo, relatou um caso um tanto curioso à respeito do jogador( que teve sua infancia nesse mesmo bairro ), contou-me o senhor que certa vez estava rolando aquela famosa peladinha de domingo na pracinha do bairro entre os moradores e o Toró estava ilustrando a partida com sua presença em campo, a um certo ponto do jogo, o jogador levou um drible desconcertante de um garotinho que não devia nem ter 11 anos, o meia de bate-pronto persegiu o jogador e tascou-lhe um tapa com toda força em sua nuca, o idoso não soube distinguir se era uma brincadeira ou se era algo sério, mas disse que ficara espantando com tamanha brutalidade por parte do jogador para com uma criança, nessa altura já dizia-me que esse jogador não podia honrar o manto sagrado e que não tinha carater para jogar no mais querido.

No final da conversa, em meio a muitas expressões que tornam o futebol algo muito mais charmoso, tais como: Corner, Off-side, Goalkeeper entre outras, conversamos mais um pouco sobre o ultimo jogo diante do cruzeiro, e um pouco mais sobre a atuação do Toró nesse jogo( como não vi o jogo não pude opinar sobre o que foi dito, apenas tendo que concordar assentindo positivamente com a cabeça ), o senhor já eufórico dizia que não era possivel o gol que o Flamengo havia sofrido, que o meia não havia conseguido cortar o cruzamento, e que o goalkeeper sentiu-se enganado pelo jogador, que deixou o atacante cruzeirense livre pra marcar para o time de belo horizonte.

Após uns bons 10 minutos de conversa tive de voltar ao trabalho e o senhor teve de levar sua refeição e seu refrigerante pra casa, dei-lhe o troco e fomos para lados distintos, após uma bela prosa sobre o assunto mais interessante para se falar sobre, o Clube de Regatas Flamengo.

Ps: Não tenho nada contra o Torozinho, já quanto ao senhor citado no texto, não posso dizer o mesmo.

Saudações Rubro Negras.
Rafael Cunha.

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